«Não mostrei a ninguém o meu tesouro. À felicidade de possuí-lo juntou-se o medo de que mo roubassem, e depois o receio de que não fosse verdadeiramente infinito. Essas duas inquietações agravaram a minha já velha misantropia. Sobravam uns amigos; deixei de vê-los. Examinei com uma lupa a lombada já gasta e as capas e rejeitei a possibilidade de algum artifício. Comprovei que as pequenas ilustrações distavam duas mil páginas uma da outra. Fui-as anotando num registo alfabético, que não tardei a encher. Nunca se repetiram. De noite, nos escassos intervalos que me concedia a insónia, sonhava com o livro.»
Excerto de "O Livro de Areia"
Para inicio de conversa eu não conhecia este escritor.
Como tal nunca tinha lido nada dele.
Gostei das várias historia que este livro trás, evidentemente, que mais de umas do que outras.
Vi também que este livro faz parte do "Plano Nacional de leitura" e confesso que gostava imenso de ter acesso à interpretação deste livro que é dada nas aulas... se é que ainda fazem isso, como faziam no meu tempo.
Sei lá, deve de existir um mundo um pouco "mais além" sobre aquilo que eu li, que para primeiro livro do senhor gostei bastante.
Os únicos pontos menos bons, são de facto a letra ser demasiado pequena... nem com os óculos novos deixo-me de queixar... e a explicação de alguns nomes/palavras que geralmente vem sempre no fundo da página, neste caso vem nas páginas finais, pessoalmente gosto mais no fundo da página, olho e vejo logo o significado, neste caso volta e meia lá ia eu para o fim do livro.
Tirando estes pequenos pormenores gostei imenso.
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