Que me persegue desde o início do ano, tem dias em que se transforma em algo mau, muito mau.
Mau estar, impotência em realizar pequenas coisas, ansiedade, medo, receio, falta de fé, falta de esperança.
É nesses dias que me sinto perdida.
Posso estar ocupada a fazer algo, mas o meu pensamento está vazio, navega longe e a maior parte das vezes nem sei por onde, é como se fixasse um ponto no horizonte e não visse nada.
A esses dias eu chamo-lhes os dias do vazio a esses e àqueles em que olho no espelho bem dentro dos meus olhos e não me reconheço.
Vejo aquela imagem, aquela rapariga e não me reconheço, falta algo, falta vida, luz, alegria, falta tanta coisa que chego sempre à mesma conclusão "está não sou eu".
Pois e não sou mesmo.
Dói, dói imenso não te reconheceres no espelho, dói imenso sentires o vazio do teu olhar e da tua alma.
Depois todos os dias lutas contra isso, tentas manter a mente ocupada para não pensares nisso.
E o pior mesmo é quando as pessoas de fora, conseguem reconhecer o estado em que te encontras, isso sim é o pior.
Afinal por muito que tentes disfarçar, vai sempre existir alguém que te conhece suficientemente bem para saber que não me encontro bem, que esta paz e serenidade que eu tento transmitir, não é real, que tudo o que vai neste coração, alma e pensamento é um acumular de situações e de cansaço e que neste momento eu não estou a conseguir organizar-me interiormente de maneira nenhuma.
É uma luta constante e a verdade é que eu estou cansada demais para essa luta, por isso deixo-me ir indo com o passar dos dias, tal como o rio que passa lento e silenciosamente, os meus dias são assim.
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