Andava eu feliz da vida que esta semana não tinha nada marcado no hospital para mim, apenas tinha que levar a minha mãe fazer o penso.
Andava mesmo contente, só pensava "uma semana sem nada no hospital, só os tratamentos na clínica, que maravilha".
Tão depressa me gabo e penso, como tão depressa tudo muda.
Ontem cheguei ao tratamento e tinha uns quantos recados para mim.
Hoje tinha que ir ao banco de sangue para suspender a medicação e começar a fazer as injeções... que animo.
Sexta-feira tem que se apresentar no banco de sangue às 8 horas em ponto para voltar a colher sangue e segue a correr as 8:30 ter com o doutor V. para fazer uma angiografia de maturação da fistula arteriovenosa.
Primeiro sorri.
A seguir ri.
E depois disse, "bem feita, ninguém te mandou andar a gabar que esta semana não tinhas que ir fazer nada ao hospital".
E pronto é isto, começo a pensar que alguém anda a ler os meus pensamentos e a tramar-me na vida, mas pronto, tem de ser e tem.
O certo é que esta noite já mal dormi, fico bastante nervosa sempre que penso que vou "parar" as mãos daquele médico, toda a gente me diz que ele é excelente, mas a verdade é que me deixou um dos braços que é uma "cagada" que é a palavra correta, até dá medo de pensar o que ele vai fazer no outro.
Muito medo.
E aqui entre nós, que ninguém nos ouve, o medo tira-me o sono.
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