Este domingo foi a festa de aniversário do meu pai.
Confusão e barulho houve com fartura, graças a Deus.
Estou cansada, esgotada até parece mal dizer isto logo numa segunda-feira mas é a realidade.
Estas coisas de chamar a família é tudo muito bonito mas é na casa dos outros.
Este pessoal esta cada vez pior, já ninguém fala, só sabem berrar e se um berra o outro berra ainda mais alto.
É cozinhar para o almoço, para o jantar, são os paizinhos que vão para casa descansar e deixam os putos aqui a darem cabo do pouco que me resta dos neurónios, tive que andar toda a tarde a fazer ameaças, se viro costas estão aos pinchos em cima do sofá, mexem em tudo, só estão bem a fazer asneiras e sem dúvida nenhuma que os mais velhos são os piores, houve um momento que lhes jurei que se não parassem que lhe arreava com a vassoura.
Eu não tenho filhos e tenho que andar a aturar os filhos dos outros.
E as respostas que eles dão?
A miúda filha da encrenca que esta casada com o meu primo é uma tata de primeira a falar mas para responder e dizer palavrões isso ela já fala bem, ontem tive uma vontade de lhe atestar dois estalos, mas infelizmente eu só ameaço nunca bati em ninguém.
Eu já disse à minha mãe que não estou para estar a aturar este tipo de coisas, era só o que me havia de faltar, já não bastava o trabalho de cozinhar e arrumar ainda tenho que fazer de ama.
Estou pela ponta do cabelo de cansaço.
Não me falem em crianças pelas almas, muito menos estes que um dia eu vou passar-me a sério com eles, que pariu lá a cambada dos índios/as.
Diz o meu pai "menos mal que a próxima festa é só para o ano novo" e digo eu "só se for para ti, para o ano novo vou imigrar uns dias, não estou para aturar isto dois dias" e ele começou a rir-se.
Mas que dá vontade dá.
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