Que a tristeza invade-me assim sem mais nem menos, como se aparecesse do nada.
Muitas vezes pergunto-me se isso também acontece com os outros, ou se realmente este tipo de coisas são assim tão minhas. É uma sensação esquisita quando fico neste estado, por vezes dá-me vontade de chorar sem mais nem menos, outras apenas um sentimento de raiva para comigo mesma e outras simplesmente quero desistir de tudo, mas falta o essencial, a coragem.
Essa falta-me... e faltou-me muitas vezes ao longo destes anos na minha vida, e por muito que eu queira mudar esse pequeno grande pormenor, não consigo, não consigo mesmo, de maneira nenhuma, é um sentimento estranho, entre o querer e ao mesmo tempo como se existisse algo que me prende, que não me deixa mudar, seguir em frente e quando dou por ela, estou sempre na mesma, é como se estivesse amarrada a uma árvore com uma corda, ando ali à volta, mas não consigo sair dali, é um sentimento de impotência, de que não consigo fazer nada.
Mas porque???
Não consigo entender o que me retém, o que me faz ter medo de agir, de seguir em frente, não consigo mesmo perceber, vivo neste tormento diariamente, por muitos sorrisos que possa ter, por muitas gargalhadas que possa dar a verdade é que esse sentimento vive sempre em mim.
Sim eu tenho a coragem de assumir o que sinto, como sinto, a vida não é um conto de fadas, por muito que algumas pessoas queiras à força toda demonstrar isso.
Tem dias que me intorrogo se ate a vida o Gianluca Vacchi, por exemplo, vive realmente aquele conto de fadas, aquela felicidade toda, que aos meus olhos parece tão perfeita, mas que o meu cérebro sabe que a perfeição não existe, nunca existiu em nada.
Eu tenho muitíssimos defeitos, excessivos mesmo, mas o pior deles todos é pensar demais, penso muito, muito mesmo, penso o que eu estou a achar da situação, tento pensar o que a outra pessoa está a pensar da mesma situação, o que sente, por exemplo, e estas coisinhas esgotam-me, cansam-me, estar constantemente a tentar ver o meu lado e o dos outros, o pior disto tudo é que eu sei que devia de ser como a maioria das pessoa que conheço, pensar única e exclusivamente em mim, no que quero, como quero e da maneira que quero, os outros, bem os outros que se arranjem como quiserem e se quiserem evidentemente.
Sinto que jamais passei semelhante cansaço físico e psicológico como o que estou a atravessar neste momento.
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